quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Amamentação exclusiva...

Hoje levei a Alice à pediatra. Liguei e consegui uma pediatra que medisse e pesasse a baixinha. segunda filha, estou mais confiante no meu instinto, por isso não liguei muito para a pediatra e aceitei a que estava disponível hoje na clínica.
Mas é tão incrível o poder de persuasão dos médicos, que até a mãe mais segura sente-se frágil diante dos "Deuses de Jaleco".
Alice engordou apenas 250g em 21 dias, pouco mais de 10g por dia. Isso é pouco. E me assustou, porque na maternidade ela estava ganhando entre 30g e 50g por dia. E foi o suficiente para a pediatra insinuar que em quinze dias, se ela não recuperar o peso, terá que complementar a amamentação.
Coitada! Primeiro que não vou voltar em quinze dias para consultar com ela. Uma médica que fala com o bebê como uma bebezinha... Hummm! Não curto! E depois, ela apertou mei seio e viu que estou jorrando leite. Porque complementar?
Eu já cortei essa história e disse que ia começar a acordar a pequena a cada duas horas durante o dia e que iria buscar ajuda de um banco de leite para resolver o nosso probleminha de "pega". Alice não entendeu ainda que precisa abrir a boca para o peito entrar na boca dela. E ainda tem dificuldade para entender que o peito fica na direção do rosto da mãe e não na manga da blusa.
Hoje consegui uma mamada completamente sem dor e outra com um pouquinho de dor. A única sugestão da pediatra que estou seguindo e ficar de peito de fora em casa. Como meu peito está dolorido e assado, assim que ele melhorar e a pega da Alice estiver corrigida, vou dar de mamar sem ter vontade de chorar!
Agora, é seguir com meu objetivo: amamentar minha caçulinha até... Até o dia em que ela me disser: "Mãe, não preciso mais de mama!"... Espero que demore muito!

Beijos


Mãenifesto
Manifestamos pelo direito de amamentar a cria, sem ser pressionada por profissionais da saúde mal formados ou parentes bem intencionados, a substituir por mamadeira, o alimento que só o seu peito pode dar.
Assine!!!
http://www.grupocria.com.br/

terça-feira, 24 de agosto de 2010

O banho...





























Dois banhos...
Duas mudas de roupas separadas...
Duas horas em função de dois banhos...
Duas refeições (janta e mama)...

Hoje me perguntei se é necessário mesmo dar banho todos os dias nas crianças. Juro que tenho respirado fundo quando olho no relógio e vejo que são 18h.
É hora de correr, encher o balde da caçula, pegar sabonete líquido, fralda, roupinha para dormir, algodão para limpar o bumbum, pomada contra assaduras, escovinha de cabelos (não dá para não escovar o cabelinho da Alice) e chaleira com água quente para temperar a água do balde.
É hora de começar a convencer a mais velha de que ela correu a tarde toda na escola, andou descalço na areia, rolou na grama e tem que tomar banho. A parte do lavar o cabelo pode ser negociada (apesar que hoje ela voltou da casa da avó com o cabelo todo grudado de alguma coisa usada para segurar a franja na chuca que a avó fez... NO WORDS). Hora de pegar o pijama escolhido pela minha moça, a meia que ela quer usar, deparar o secador de cabelos e a escova (não, não dá para não secar os cabelos da Dani com o secador... Ela tem mais cabelo do que eu).
Nossa... Só de contar já cansei!
Mas, tenho percebido que a Dani não tem mais cheirinho de bebê. Agora ela fica fedidinha se não tomar banho, cheiro de criança suja mesmo. Com ela o banho não pode mais ficar para o dia seguinte. Mas e a Alice, que não corre, não se suja na areia e não fica fedidinha? Tem que tomar banho todos os dias?
TEM! Porque, por mais que o pós banho dela seja uma choradeira, ela relaxa muito com o banho. Ela termina de mamar depois do banho (a janta dela) entregue. Recusa chupeta, porque deve cansar mais ainda ficar mastigando aquele plástico, mama e dorme feito um anjinho! por mais que ela não fique fedidinha, o banho faz uma falta!
E TEM também, porque sempre considerei que para o recém nascido, a única rotina fixa e que pode orientar as outras rotinas é o banho!
Ou seja, por mais exaustivo (mas gostoso) que seja dar banho nas minhas duas meninocas, o banho é indispensável aqui em casa!
Mas que cansa, isso cansa!

Beijos

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Mãe polvo...


Não adianta: ninguém consegue fazer tudo que uma mãe faz ao mesmo tempo!
Mulheres já são conhecidas por fazer várias coisas ao mesmo tempo. Sorry homens, mas as mulheres são privilegiadas por um cérebro que concilia arrumação, a próxima refeição, o telefonema da amiga e o trabalho... Simultaneamente.
Mas mãe... Mãe é um polvo! Consegue arrumar a casa, cuidar dos filhos, providenciar as refeições e trabalhar ao mesmo tempo! Mãe faz TUDO ao mesmo tempo!
Ter um filho já nos dá o gostinho de ser a Mulher Maravilha. Mas ter dois filhos... Nossa! Nos faz muito mais super que a Mulher Maravilha, nos faz Mãe Polvo. Ninguém que não tenha dois filhos consegue conversar com o marido, enquanto amamenta um bebê e ouve os pedidos/exigências do filho mais velho, sem deixar a cebola queimar. Será a famosa ocitocina? Ou será a necessidade? Seja como for, essa capacidade nos torna criaturas auto destrutivas, sem noção de limites e completamente super protetoras com as crias e parceiros.
Evolutivamente, essa é uma característica deletéria. Lógico, porque ao final do dia queremos matar meia dúzia. O boa noite da moça da padaria já é recebido como um ato sarcástico, digno de um "Boa noite, só se for a sua, porque a minha está uma m...". O "Não quero tomar banho, manhê." do filho mais velho é recebido como uma afronta imperdoável . O "Já lanchei com os amigos, Querida." do marido é recebido como a maior desfeita que alguém já fez na vida!
Olha o drama que envolve a Mãe polvo! Se o filho não tomar banho enquanto você termina o jantar e amamenta o filho caçula você se sente inútil! Mesmo sabendo que poupa uma energia imensurável ao não dar banho no filho mais velho. A Mãe Polvo não leva em consideração que, quando o marido não janta em casa, a quantidade de louça para lavar diminui, resultando em alguns minutos a mais para a novela. A Mãe Polvo quer que o filho mais velho esteja limpinho para colocar o pijaminha e deitar na cama limpinha que ela arrumou mais cedo. A Mãe Polvo quer que o marido faça refeições saudáveis e quer ver se o marido comeu bem para ter a certeza de que ele não ficará com fome de madrugada.
A Mãe Polvo, por mais que termine o dia entregue à exaustão AMA sentir-se no controle! Adora saber onde está tudo e adora quando todos os seus esforços são reconhecidos (o que é raro).
A maternidade amadurece, a maternidade nos transforma em seres masoquistas, a maternidade nos dá poderes desconhecidos de seres humanos comuns, a maternidade nos faz sentir satisfeitas por ter passado um dia de cão... Principalmente quando olhamos a noite as pessoas que mais amamos dormindo, serenamente, e temos a certeza de que fizemos tudo o que podíamos para contribuir com aquele sono tranquilo!



Beijos


Mãenifesto
MANIFESTAMOS PELA TOMADA DE CONSCIÊNCIA FAMILIAR. Pela valorização do papel da mãe no seio da família e pelo fim das hipócritas tentativas de minimizar a diferença que a presença dela faz.Pelo reconhecimento da vital importância da maternidade para a humanidade, e por ações sociais e políticas que valorizem e estimulem a atuação da mãe.
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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Porque eu não delego...


Putz... Juro que nesses quatro anos de maternidade, posso contar nos dedos o número de vezes em que eu e o Daniel saímos para curtir. NUNCA nos afastamos da Dani quando ela adoeceu, muito pelo contrário. Daniela doente era sinônimo de mãe faltar trabalho e pai ficar atento a qualquer necessidade de correr no médico. Daniela começou a dormir fora no ano passado, quando desfraldou. Antes disso, ela só dormiu longe os pais na formatura do Dindo dela e na formatura da namorada do Dindo. Fora isso, ela sempre ia conosco às festas dos amigos, reuniões, jantares...
Não sei, mas achava chato pedir que outras pessoas cuidassem da minha filha para eu ir festar.
Hoje já penso diferente. Acho que a vida social do casal deve ser mantida, e também acho que a família deve ajudar.
Na madrugada de sábado para domingo, a Dani acordou a noite com febre e dor de garganta. Ficou a manhã toda molinha e febril, então decidi pedir que meus pais ficassem com ela, porque a Alice está apenas com 17 dias e fiquei com muito medo que ela pegasse a gripinha da Dani. Fomos almoçar na casa do Vô e passamos a tarde lá, atendi, deixei ela sentar no meu colo, dei os remédinhos e na hora de ir embora ela chorou que queria ficar... Sim, eu já tinha planejado e conversado com o Vô que deixaria ela dormir lá, mas tinha mudado de idéia com umas colocações que meu pai fez...
Como sempre ele fez cobranças..."Se tem dois filhos tem que se virar para cuidar.", ou "Você não pode largar a Daniela na casa dos outros porque ela vai se sentir culpada por ter ficado doente.", ou "A sua filha fica doente e eu que tenho que cuidar?" ou "A Alice pegar a gripe da Dani é um risco que você vai correr tendo duas filhas."entre outras coisas...
Enfim, nada estranho vindo do meu pai!
Meus pais criaram os filhos sozinhos, não tinham nenhum vô ou vó para ajudar, nunca saíam juntos porque não tinham com quem deixar os filhos, e só começaram a sair quando eu fiz 18 anos e podia ficar com meus irmãos mais novos. e eu ficava sempre, toda sexta... lembro que antes de casar o Dani dormia lá em casa, na sala, porque não podíamos sair, eu tinha que ficar com meu irmão caçula.
Me senti muito mal com as coisas que me foram ditas. Fiquei chateada de verdade, e na ofensa, decidi que traria a Dani para casa e ficaria com ela, mesmo correndo o risco da Alice ficar doentinha também. Mas a Dani chorou e quis ficar lá, acabamos deixando. Mas fiquei me sentindo mal, não por tê-la deixado doente na casa dos avós (mesmo porque ela recebeu muito mais carinho e colo do que eu poderia lhe dar, amamentando e operada), mas por saber o que meu pai pensava daquilo. Não senti que eu estava delegando a Dani a ninguém, mas naquele momento eu precisei de ajuda, e era uma ajuda que ninguém melhor que os avós para dar! Pensei neles porque sei o quanto eles amam a Dani e o quanto ela ama eles, e por saber que ela estaria em boas mãos. Eu não podia deixar na casa da mãe do Dani porque poderia passar para a Aninha, minha afilhada. E a Tia Avó estava bem resfriada, também não tinha condições de cuidar dela.
Mas, são as cobranças! Hoje pensei muito sobre isso, sobre o que meu pai disse e sobre eu nunca ter delegado a Dani a ninguém. Acho que, a partir de agora, vou repensar mais essas atitudes. Porque julgar e criticar é fácil... Mas na hora de ajudar, hummm... Complica!
E, desde já, vou relaxar e curtir mais, vou sair mais e deixar os avós curtirem mais as netinhas! Afinal, sair e curtir o casamento de vez em quando faz bem para qualquer casal! Mesmo que seja para tomar um guaraná (nada de cerveja, por enquanto!)

Ah, e por falar em cobranças, manifestamos pelas mães, pela conciliação de uma maternidade moderna com uma maternidade mais plena! Grupo Cria

Beijos

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Porque eu desabafo...

Hoje estou acabada! Cansada! Exausta!
Pela primeira vez desde o nascimento da Alice tive vontade de chorar!
Acumular cansaço físico e mental, ninguém merece!
Estava super feliz porque hoje minhas amigas do Cordão Dourado vieram conhecer minha caçulinha. Sinto muitas saudades de papear com elas todos os dias! E hoje pudemos colocar a prosa em dia! Mas Alice estranhou, não dormiu a tarde quase nada e a noite deu um baile. Até dormir, quando sossegou. E a Dani, como tem sido de praxe, deu baile desde que chegou da escola! Mas hoje eu estava muito cansada e nada disposta a negociar. Hoje eu não queria chantagear, então impus minhas vontades a ela.
Acho que ela está ficando cheia de vontades e usando o ciúme para conseguir o que quer. Mas acho que ela está passando dos limites! Hoje senti que ela está abusando do pai e da mãe, e se as coisas não são do jeito dela ela chora!
Na verdade hoje senti que as coisas saíram do meu controle com a choradeira das duas, e fiquei triste! Estava tendo muito jogo de cintura para lidar com a Dani, mas hoje vi que está ficando demais!
E me senti tão carente! E acabei enxergando que a mulher forte que aguentou 30 horas de trabalho de parto e se sentia preparada para "o que der e vier" ainda tem alguns fracos!
Acho que agora o jeito é me afundar em uma caneca de chá e nas bolachinhas que a Lu Doneda trouxe para o nosso lanchinho, e torcer para encontrar na coleção de DVDs um filme bem "xalalá" para chorar muito (pelo filme é claro!)!!!!!
Beijos e Boa Noite!!!!!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Mãe X Mulher


Há tempos me questiono se mãe consegue ser mulher também! Li o post do Rede Mulher & Mãe que aborda do tema Mulher pode ser mãe? e fiquei mais tranquila... Não sou a única mulher que se tornou mãe e abdicou da vaidade, das futilidades em prol da família!
Mas acredito que esse passo seja natural! Afinal, não consigo fazer escova tranquila, sabendo que a minha caçulinha pode acordar e eu não escutar por causa do barulho do secador! Ou fazer as unhas, porque ela provavelmente acordará bem no momento em que eu terminar de dar a segunda demão de esmalte e, entre mamada e troca de fraldas, a unha vai pro espaço!
Mas, tenho me questionado isso! Porque não correr esses riscos... Vale a pena! A auto estima agradece quando penteamos os cabelos, trocamos de roupas e passamos um perfuminho... Tenho sentido muita falta de me arrumar para sair! Escolher uma roupa que realce minhas novas curvas, uma maquiagem que realce meus olhos e um perfume que me deixe sensual! Não vejo a hora de sair para uma consulta com pediatra ou ginecologista, ou até ir almoçar na casa da parentada, só para poder tentar entrar na minha jeans clarinha que amo tanto! E é justinha!E vai me fazer sentir mulher novamente!
Beijos

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Porque eu amamento...

E, mais uma vez, venho contar que a experiência e a maturidade estão me favorecendo!
Há quatro anos, quando tive a Dani, não me ligava na importância da amamentação. Tanto que aos cinco meses a Dani já saboreava suas frutinhas. ABSURDO! Eu também acho! Mas o pior é que EU fui atrás de um pediatra que me dissesse que poderia fazê-lo. E fiz isso pela pressão que a família estava fazendo em cima de mim e do Dani. Eu tinha voltado ao trabalho e ele ficava com ela em casa. Ela não aceitava meu leite na mamadeira com ele e, em um desses dias em que a Dani chorou sem parar, ela caiu e ficou três dias na UTI com TC. A família toda surtou e insistiu que era hora de dar papinhas. E fui atrás. Lembro bem do Dani me questionar se era hora mesmo, e eu praticamente o ignorei! BURRA!
Em menos de um mês a Dani desmamou e NUNCA comeu bem! Ela, na verdade, parece que não gosta de comer, - só bugingangas - come por obrigação!
Em minha trajetória para me tornar a mãe perfeita - porque respeitar o tempo dos pequenos nos faz mães perfeitas - eu percebi o quanto errei no quesito amamentação com a Dani. Segui à risca o "20 minutos em cada peito", não tinha paciência de esperar que ela largasse o peito quando estivesse satisfeita, não respeitava a irritação dela quando eu ou qualquer pessoa por perto falasse durante sua refeição. Mamar, só de três em três horas, nada de livre demanda para não deixar mal acostumada. MUITOS ERROS!
Hoje, com Alice, tudo parece tão natural. Em nenhuma mamada dela eu a tirei do peito antes da hora, sempre esperei que sua boquinha se abrisse e empurrasse o bico do meu peito para fora. É tão gostoso ter a minha caçulinha pendurada em mim, com sua mãozinha gelada em meu seio, dando sorrisos enormes com a boca cheia! Às vezes ela mama de duas em duas horas, às vezes depois de seis horas, às vezes mama, faz cocô e quer mamar de novo... Mamar é quando ela quer! E o quanto ela quer!
Hoje, com doze dias, minha caçulinha já acumula dobrinhas nas coxas, já tem o rostinho mais redondinho e meus braços tem sentido que a amamentação em livre demanda é a melhor coisa para ela!
Não serei hipócrita: tem doído muito! O bico dos meus seios estão pedindo uma trégua (coitados, porque é um pedido que não será atendido!), Alice é uma esganiçadinha, então ela já vem mamar sugando, não abre a boca, vem de linguinha pronta para mamar! E isso tem me machucado demais. Nas últimas mamadas o Dani segura a cabecinha dela para ela pegar o peito, porque o desespero dela é tanto que ela procura desesperadamente o peito e não acerta a pega. Aos poucos a dor tem diminuído e, conseguimos até mamar deitadas para favorecer nossa cama compartilhada (outro post).
Mas, acredito que a dor seja pela má pega dela! E sei que ela vai aprender a mamar, só é preciso paciência e persistência. Mesmo porque amamentar não é uma opção. Toda mãe TEM que amamentar seu bebê, mesmo porque ela optou por ser mãe. Amamentar é dever! Fico passada quando escuto histórias do tipo "não tive leite.", "meu leite era fraco e tive que dar complemento", "o bebê não quis pegar"... Com a Dani, amamentar foi dolorido nos dois primeiros dias. Depois foi delicioso. Com a Alice, há doze dias tenho sentido dores, mas nada insuportável e nada que não estejamos conseguindo contornar!
A questão é que, hoje temos tantas formas de nos informar e saber o porque a amamentação não está sendo como deveria, que não faz sentido procurar desculpas para interromper a única forma natural de alimentação do bebê!
Na maternidade, como a Dani e agora Alice precisaram passar pela fototerapia, os pediatras insistiram na complementação da amamentação. Na maternidade onde ganhei a Dani, ela recebia complementação de leite materno por haver no hospital banco de leite. E, toda vez que o complemento era oferecido, ela cuspia! E eu falando que ela estava mamando super bem! Onde ganhei a Alice, não tinha banco de leite, e ofereceram duas vezes NAN para ela. Resultado: ela regurgitou tudo! Então, fui enfática: Não quero que dêem mais complemento para ela, não precisa! A prova era que ela estava ganhando em média 30g por dia, e saímos da maternidade com o peso que ela nasceu! A justificativa para complementar? Ela desidrata na fototerapia... Opa, então vamos mamar mais! Resolvido o problema da desidratação e bebe satisfeito com seu leitinho!
Passamos pela Semana Mundial da Amamentação e, como mãe de duas crias que passou por muitas mudanças de uma cria para outra, me senti na obrigação de contribuir para disseminar essa idéia! Amamentar é um ato de amor e um dever de toda mulher/mãe!

E, coincidência ou não, enquanto eu escrevia, começou no Paraná educativa On Line um programa sobre amamentação maravilhoso, com pediatra, nutricionista e coordenadoras de banco de leite super Pró-amamentação! Maravilhoso! Vou ver se encontro o programa na íntegra e disponibilizo o link aqui no blog! Gostei porque me esclareceu muito, já que Alice está com muita dificuldade para pegar direito o peito!
É isso aí! Amamentar é tudo de bom!
Beijos

sábado, 7 de agosto de 2010

Porque quero ser paciente e sensata...



Hoje Alice completou onze dias.
Confesso que a tranquilidade dela facilita muito tudo na vida de pais de duas crianças! Mas tem horas que aperta mesmo. Coincidência ou não, tem momentos em que a Dani resolve fazer a manha dela na mesma hora do banho em que a Alice chora de ficar roxa e rouca. E, aí é que entra a descarga de ocitocina: MUITO AMOR! Porque não tem outra explicação para uma mulher não
surtar com um bebê de onze dias berrando e querendo mamar logo depois de sair do balde (Alice toma banho de balde e ama!) e uma criança de quatro anos, passando pela crise da chegada da irmã, com o pai trabalhando fora de casa e chorando que quer ver o filme "O Segredo dos Animais" pela terceira vez no dia!
Antes eu pirava com a choradeira da Dani! Agora, minha audição seletiva de mãe de duas, consigo ignorar o
choro das duas e terminar o que estou fazendo (hoje foi vestir a Alice depois do banho). Com toda paciência do mundo, deixei Alice chorar mais um minuto e fui ligar o filme para a Dani - ELA SABE LIGAR SOZINHA - voltei e dei de mamar para a Alice!
E estou com meu psicológico intacto! HAHAHAHA - E adotei um nome do meio: PACIÊNCIA!
E, por falar em psicológico, o meu anda muito bem, obrigada! Quando eu dizia que tudo ficaria bem com a chegada da Alice, eu falava com muita fé! E tudo está muito bem!!!!
Resolver pendências tem me deixado feliz! Perceber que errei muito e que tenho consciência disso me deixa tranquila, desfazer impressões erradas de pessoas que mal conheço, mas que julguei pelas circunstâncias me deixou bem comigo mesma...
Ganhei minha paz interior, tudo que eu precisava para dormir bem! E sem olhar para trás, olhando apenas em frente, vivendo plenamente cada momento com minha família! Agora é só eliminar o ego do ciúme e seguir... Esse é difícil, tenho ciúmes até dos meus irmãos!
Mas é assim... Um dia de cada vez, porque nada acontece por acaso!

Imagens: By Daniel Isolani

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Porque o presente é um presente...


Ahhhhh, a maturidade!
Não envelheci, mas amadureci! Aprendi em uma semana, o que levei meses para entender: VIVA O PRESENTE! Ele é nosso melhor presente! Hoje, meditando, percebi que não tenho dúvidas. Nenhuma dúvida! Não, minha vida não está 100% resolvida, mas faz uma semana que não penso no futuro, no passado... Vivo do presente!
Vivo de cada mamada, vivo de cada "Mãe, prepara meu café!", vivo de cada demonstração de carinho... Sem esperar nada, apenas curtindo o momento! Fiz escova no cabelo e estou feliz porque estou de tic tac de florzinha de fuxico! Consegui colocar o pijama na Dani! Vi Alice e o Dani dormindo juntinhos na cama! Curti quase meia hora de banho de balde da Alice! Assisti "O Segredo dos Animais"com a Dani comentando! Vi o Dani feliz depois de voltar do mercado com a Dani!
Acho que estou aprendendo a viver, aprendendo o que é a vida, aprendendo que ela só depende de mim e aprendendo que nada acontece na nossa vida por acaso...
Aprender... Como é bom aprender!

Beijos

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Nada acontece por acaso...


Gravidez não planejada... Pela segunda vez?
Sim, eu queria mas não planejamos. E que venha, com saúde e traga muita alegria...
Alice! Defensora, protetora...
Sim, foram 38 semanas e 1 dia de muita força, muitos chutes na costela e mexidinhas na bexiga! Foram meses difíceis para a mãe... Alice, defensora, protetora... Sempre!
Eu sabia, ela seria um marco... Eu sabia, ela seria uma divisora de águas... Eu sabia, ela traria a vida para a nossa família! Seja bem vinda, seja bem vida (By Estrela Leminski para Daniela em 2004)!

Terça feira, dia 27/07 eu tinha consulta com a obstetra. Opa, 1cm de dilatação, Braxton Hicks há duas semanas e tampão saindo. Não demoraria, eu já sentia! A noite a Isa contou na Ioga que Alice estava a caminho. Na madrugada muita dor de barriga, fui várias vezes ao banheiro e algumas cólicas bem fraquinhas.
Pela manhã, mais cólicas e contrações, nada alarmante. Eu achava que eram pródromos, não doía nada! Assim passei a manhã. A tarde a Isa, Clélia e Ana Clara vieram passar a tarde comigo e com a Dani... A Isa já sentia que estava engrenando o trabalho de parto. Passei roupa, tive contrações mais dolorias... Sentia muita dor nas costas. Muita massagem da Isa (como é bom ter pessoas carinhosas que entendem o que sentimos sem nem precisar falar!!!!!), olhinhos arregalados da Dani e da Ana. Ops, a coisa estava apertando, melhor levar as crianças e esperar. Poderia ser naquele dia, ou demorar mais alguns...
Muitas contrações e cada vez mais dores. Pedi que o Daniel não demorasse a chegar porque não queria ficar sozinha. Ele chegou cedo! Ainda precisávamos ir na farmácia comprar itens de higiene para levar para a maternidade. Fomos à farmácia, e uma contração me delatou. A farmacêutica me olhou assustada e perguntou se eu queria me sentar. NÃO!!!!!! É só um trabalho de parto! Estava super bem e feliz! Fomos na locadora, pegamos um filminho, compramos guloseimas gostosas e sentamos com cobertor no sofá, bem quentinhos! E mais contrações muito mais doloridas. Em uma delas tentei sentar na bola, mas terminei a contração ajoelhada no chão com a cabeça abaixada.
Decidimos que era hora de ir para a maternidade, afinal, estava desde as 9h da manhã com contrações e, naquele momento seus intervalos não eram inferiores a 4 minutos. Ligamos para a Titi (minha doula querida) que já estava desde de manhã se sobreaviso e nos encontramos no hospital. Ela constatou que as contrações estavam com menos de quatro minutos, mas não regulares.
PS1. Quando decidi ir para o Hospital Santa Cruz, o fiz por saber que o índice de partos normais era maior que os outros hospitais em que eu poderia ter a Alice. E tinha ótimas referências médicas de lá.
Fui atendida por uma médica estupidamente grosseira, que decidiu me dar lição de moral por não ir ao hospital que minha obstetra atendia, disse que eu era muito exigente por ter trocado de obstetra por quatro vezes e fez a piadinha mais sem graça que ouvi na noite: "Trocou quantas vezes de doula?"... Enfim... 1cm de dilatação! Passei o dia em trabalho de parto e não dilatei! OK! Vou para casa, não quero ser internada ainda. Voltamos, a Titi foi para casa. Achei melhor ela descansar, porque a noite prometia ser longa (eram apenas 00h). Na volta desejei com toda minha força um Mc Donald's... O Dani gargalhou e lá fomos nós na fila do drive tru. Chegamos em casa, comemos e fomos deitar... Eu já não conseguia mais ficar deitada, andava de um lado para outro, me contorcia, vocalizava, cantava, rebolava, fiquei mais de uma hora no chuveiro com a luz da vela... Nada aliviava. Voltei para a cama e pedi que o Dani me massageasse nas costas. Mordi, belisquei, gemi, urrei, grunhi... 5:30h pedi por favor ao Dani, me leve para a maternidade que não aguento mais!
PS2: Sempre ouvi que quando você acha que não vai mais aguentar, é porque está próximo do fim!
Saímos, eu de joelhos no banco da frente do nosso fusca, olhando par trás e urrando de dor a cada buraco, lombada ou qualquer coisa que me tirasse do transe em que eu estava! Paramos para abastecer, e eu com uma contração atrás da outra. Na hora de ir embora, o fusca não pegou! Não riam, foi desesperador. No meio de uma contração, abri a janela e pedi que os três frentistas que conversavam do outro lado do posto empurrassem (MICO).
PS3: Acho que os frentistas ficaram assustados, porque eu gritava lá dentro.
Fusca pegou e lá fomos nós. Dani dirigindo e me massageando e trocando a marcha e me massageando! Me deixou na entrada da frente porque tinha que passear mais um pouco. Afinal, se fosse bateria, tinha que dar uma recarregada!
Médica super simpática novamente veio me atender com suas tiradinhas dispensáveis: "Falei que você ia voltar!"... Eu acho que não dirigi a palavra à ela, não conseguia pensar, só andava de um lado para o outro. 1cm de dilatação! Simplesmente não entendia o que estava acontecendo comigo. Acho que só pedi que ela me internasse que eu me entendia com o obstetra que pegaria o plantão.
Fiquei mais de uma hora esperando na salinha do ambulatório esperando que liberassem minha internação. A Titi chegou novamente e me massageou! Acho que eu até chorava de dor. Lembro de não querer subir na cadeira de rodas porque doía muito mais. Lembro de querer a Titi comigo e uma enfermeira rabugenta não deixar! E lembro do anjo, dr. Hélio, me olhar e dizer "Vamos tomar uma analgesia, ver se ajuda?". SIM!!!!!!
Analgesiada, sentindo cada contração eu conversava com a Titi, caminhávamos no intervalo de cada cardiotoco e, em seis horas... 8cm! Fiquei muito feliz. Na verdade, desde o início estava tranquila e feliz. Sabia que a hora de ver a minha protetora estava próxima. Aos poucos fui sentindo as contrações darem um intervalo maior e sentia que alguma coisa não estava andando. Falei com a Titi e ela foi olhar o cardioco. 80BCF (batimentos cardíacos fetais) durante as contrações. Opa! Será que era normal, depois de mais de 24h de TP? O dr. Hélio olhou, saiu, fez mais um toque, olhou novamente o cardiotoco e veio conversar.
Já fazia mais de uma hora que minha dilatação não evoluía e que os batimentos cardíacos da Alice baixavam para 80 durante o pico da contração. "Eu acho melhor fazer uma cesárea, mas como sei que você quer muito um parto, vamos esperar mais um pouco!"... Amei esse médico! Mas depois de meia hora e muitas contrações, nada de dilatação aumentar e o coraçãozinho da Alice estava nos dando sinais de que era hora de admitir que a cesárea era a melhor opção!
Chorei... Muito! Eu me preparei para um parto lindo, transformador... Outra cesárea, por que?
Lá fui eu com a Titi ao meu lado para a sala de cirurgia, encontrei o Dani no caminho e chorei mais! Eu tinha fracassado! Todos me diziam que eu tinha feito o melhor, mas eu sentia que alguma coisa poderia ser diferente!
Deitei na maca, mais anestésicos e lá fiquei, chorando e esperando que minha protetora chegasse! Dani estava ao meu lado, me consolou e me disse tudo que eu precisava ouvir para seguir... E, de repente o choro mais forte e marcante que já ouvi: Alice! Chorei como nunca, chorei de alegria porque ela estava bem, chorei de alegria, porque finalmente estaríamos juntas e chorei por saber que ela realmente me protegeu!
A cabecinha dela estava presa na cicatriz da cesárea anterior (cuja sutura foi feita mal e porcamente) e ela não conseguia descer. A cicatriz do útero estava transparente já e, se continuássemos a forçar, o pior poderia acontecer!
Mas Alice me protegeu! Alice mostrou com seu coraçãozinho que não deveríamos continuar. Minha protetora!
Ela nasceu às 14:01h, apgar 9/ 10, 2,570Kg e 45cm. Linda, cabeludinha, rostinho pequeno, rosada e com choro forte! Eu chorava! Feliz, realizada por ter minha filha bem e feliz, por saber que desta vez, foi uma cesárea necessária, salvadora!
Ela mamou algumas horinhas depois, mamou com força, com vontade!
Ahhhh... O que eu poderia ter feito diferente, para poder ter um parto?
Não ter feito a primeira cesárea. Foi ela que me tirou o parto que eu tanto sonhei!

PS4: Esse é só o relato do parto, as impressões contarei depois que souber quais foram!

PS5: Quem noticiou nno blog o nascimento da Alice foi o Dani!!!! Muito obrigada Xu!!!!

PS6: Não posso deixar de agradecer do fundo do meu coração a Isa, que me deu toda força durante toda a gestação e durante o TP! Isa, você é tudo!!! Amo você!!!!!
Agradecer a Titi, minha doula querida, que é doula por paixão, faz de coração e me deixou super segura e bem!!!! Muito obrigada Titi!!!!!
Agradecer a toda equipe do turno das 7:30h do dia 29/07, que me atendeu com todo carinho, me trataram com respeito e dignidade, e me mostraram que nem todos os médicos e enfermeiros são bossais!
Agradecer ao Dani, meu marido e pai das minhas jóias. Me ajudou durante a pior parte do trabalho de parto, me consolou quando eu mais precisei e me deu a força que faltava para eu olhar em frente durante a cirurgia, quando achei que tudo estava perdido!

PORQUE NADA ACONTECE POR ACASO!

Beijos!

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