sábado, 26 de novembro de 2011

Devaneios sobre trabalhar e maternar


Já contei AQUI, AQUI e AQUI a loucura que é optar por um home office, decidir tomar conta do próprio negócio e se tornar uma mompreneurs. Não é nada fácil! Mas também não é nada que uma mulher não tire de letra! Modestamente falando, claro! ;)
Mas hoje, fiquei aqui pensando em tudo que realizei (só no dia de hoje). Trabalhei muito (afinal de contas, uma mompreneurs em início de carreira não tem final de semana!), passeei com as meninas no parque, comi (só bugigangas) e trabalhei mais...
Um dia que rendeu muito e, agora, estou com a caçulinha aqui no colo e escrevendo e atualizando estoque e vendo pela milésima vez Enrolados e amamentando!
Mas nem todos os dias são assim!
Trabalhar em casa exige, no mínimo, uma super responsabilidade! A Carinho de Pano tem crescido cada dia mais! Cada dia mais mães, pais, cuidadores são informados e conhecem os benefícios de se carregar os bebês junto ao corpo. Isso implica em mais gente procurando o sling que se adapta ao seu bolso e ao seu estilo de vida! O mais legal, e ver pessoas na rua usando os slings feitos pela minha empresa! Dá um mega orgulho!
E a responsabilidade está em saber dosar tudo. Tenho duas filhas com idades bem diferentes. A Dani, com seus cinco anos e oito meses, que jogar jogos de tabuleiro, Uno, brincar de Barbie e Polly (ela ainda não consegue vestir as bonecas sozinha, então várias vezes no dias tenho que largar tudo e ir brincar de boneca - o que não é tão ruim!). E ela também precisa de atenção, muitas vezes, mas do que a Alice. E, entre uma paradinha aqui e outra ali, se passaram horas em que deixei de trabalhar para a empresa e fui trabalhar para a família. É, porque trabalhar em casa é assumir três turnos diários - o trabalho não acaba nunca! Alice mama no peito, e não tem hora para isso. De repente ela decide que quer um cheiro e vem puxar minha blusa. NUNCA negaria! E novamente, paro tudo e vou amamentar. Aí, marido lembra que tem um evento e precisa do terno e da camisa passada urgente. Novamente, paradinha para encarar a tábua de passar!
É assim, trabalho intenso e interminável. Ahhhh, e nem mencionei os afazeres domésticos!
Mas, mesmo nessa loucura, mesmo muitas vezes desejando sair para trabalhar, colocar um salto alto, fazer uma super maquiagem, #pausa para atender a caçula que despencou do sofá# tenho certeza que essa foi a melhor escolha que fiz na minha vida! Sim, estou plenamente realizada! Acompanho de perto a rotina da minha família, vejo tudo o que acontece com as meninas, sou sempre a primeira a saber as novidades! E isso, não tem salto alto que pague!
E, talvez, por isso mesmo é que o mercado de mães empreendedoras esteja crescendo tanto. Porque cada vez mais mulheres conseguem a realização de ter uma vida profissional aliada com a maternidade ativa e consciente!

Beijos

sábado, 19 de novembro de 2011

Me digam que não sou a única...


Bem, sabem aqueles dias em que a vida fica nebulosa? Aqueles dias em que nada se encaixa, tudo remete a uma lembrança que sua cabeça faz questão de ver apenas o lado ruim, em que o pessimismo e a negatividade tomam conta dos seus dias. Nada flui, nada dá certo, tudo é ruim e nada presta? Aí, vem aquela vontade louca de chorar desesperadamente, de correr loucamente sem olhar para trás. Aí, você quer ficar embaixo do edredom (sim, em Curitiba é possível ficar embaixo do edredom no verão!) mas o mundo conspira, você se obriga a levanter e seguir, porque afinal, a vida é uma só!

Meio deprimente, não é?

Sim, muito!

Faz umas duas semanas que me sinto assim. E é muito difícil assumir que a mudança tem que partir de mim. O pior, é saber o caminho e não poder segui-lo.

Uma fase ruim da vida, em todos os sentidos!

Tenho me sentido uma #mãedemerda, tudo me irrita. Como esposa então, prefiro nem comentar! Engordei 3Kg, tenho dependido de chocolate e coca-cola diarimente. Uma necessidade fisiológica disso!

O celular toca, atendo pensando “Tomara que seja uma mãe querendo um sling ou querendo apenas conversar!”, em dez segundos o telefone desliga porque a bateria não aguenta mais do que isso! Coisas sérias e importantes são perdidas por conta do celular (e já viram quanto custa um pré-pago, uma fortuna!).

De repente ele rsolve aguentar 30 segundos e consigo agenda um evento. Mas… Tenho que cancelar porque definitivamente não dou conta de TUDO! Não posso levar as duas meninas comigo para um workshop, sem carro, sem hora para terminar, puxando caixas e mais caixas de produtos, pensando que elas devem estar morrendo de fome, cansadas e tem que ficar ali porque não tem outro jeito!

Definitivamente, estou me sentido péssima!

Vejo mães dizendo que são felizes, que o mundo é cor de rosa e tudo peefeito, casamento sem nenhum problema, nunca se stressa, faz as unhas e ainda tem tempo de ir ao cinema! Sério, isso existe????? Não faço idéia do que é ter vida social, e isso está me deixando um lixo!

Não consigo imaginar isso não! Eu lavo, passo, cozinho, brinco, dou banho, (tento) trabalho, sou companheira, resolvo os problemas do meu mundo com uma destreza que não vejo em mais ninguém! E…

Vazio…

Tenho ficado profundamente irritada de lavar a louça e, quando termino já tenho que fazer jantar ou lanche ou qualquer outra refeição. Quem consegue viver assim? Ou então estender um varal enorme de roupa e o cesto estar eternamente cheio de roupas sujas. Ou juntar duas caixas de brinquedos e segundos depois os brinquedos estão novamente no chão.

Agora me digam, quem aqui, que definitivamente não tem vida, consegue acordar e sorrir? Quem aqui consegue sorrir de pensar em passar uma hora e meia andando de ônibus só para levar 20Kg de tecidos no lombo para a produção (isso só ida, sem contar a volta!). Quem aqui consegue ficar feliz de pensar que ficará sozinha por três meses tendo que fazer TUDO sozinha (e tudo é sempre pouco!)…

Sei lá né, escolhas… Punf!

Melhor ir dormir, que amanhã tem mais…

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