terça-feira, 20 de julho de 2010

Os rótulos...


Hoje, eu, a Carol Longo e a Rede Mulher e Mãe conversamos muito via Twitter sobre ser mãe solteira. Foram muitos questionamentos, sobre criar os filhos sozinha, sobre a participação dos pais na questão educacional e financeira e até sobre o apoio psicológico que o pai dá. Foi um assunto que me fez pensar muito... O dia todo na verdade! Entre a lavada da louça e uma twitada, uma cama arrumada e uma twitada, eu pensava sobre o assunto.
Quando acontece a mágoa, a tendência é nos sentirmos o último ser da Terra! Nada serve, nada presta, tudo e todos conspiram... Mas, como já disse, isso passa. Um dia a ferida fecha e fica uma enorme cicatriz, que não deve ser cutucada, mas admirada, porque ela nos trouxe aprendizados, difíceis, mas que nos acrescentaram de alguma forma, algo bom! Mas, quando a ferida está aberta, somos pobres coitados... E é aí que permitimos que pensamentos idiotas (desculpem o termo, mas é o mais apropriado) tomem conta das nossas cabeças.
Eu tive um... "Agora sou mãe solteira! Que vergonha!"...
Hoje, algumas semanas depois (minha vida tem sido contada em semanas, coisa de grávida!), sinto vergonha de ter pensado assim. Sou mãe e ponto! Independente de estado civil, sou mãe! Tento ser uma ótima mãe, mesmo sabendo que tem sido difícil manter a serenidade nesse momento, eu procuro ser a melhor mãe do mundo para minhas filhas.
E não me considero solteira, ainda uso minhas alianças de noivado, de casamento e a meia aliança de pedras brasileiras que ganhei no meu primeiro dia das mães. Uso porque me dá segurança, me sinto bem com elas! Acho que só me sentirei solteira no dia em que assinar o divórcio. Antes disso, não! Sou casada, um casamento de quase seis anos, que me trouxe muitas alegrias, principalmente minhas duas filhas. Mesmo porque, eu sinto que essa "separação estratégica" (que é como gosto de ver) me fez enxergar um marido que eu não via, me fez ver erros que eu cometia no escuro, me fez ver que toda relação precisa de muita DR (discussão da relação) para que não fique nada mal dito ou simplesmente não dito!
Mas, já fui chamada de "Mãe Solteira" e junto recebi comentários do tipo "Agora você é pepino, homem nenhum quer saber de mulher com filhos!"... Hummm... Homem nenhum que mereça a minha companhia e das minhas filhas, esses eu não quero nem de longe! Porque a sociedade vê na mulher que tem filhos e é solteira um problema. A sociedade discrimina a mulher com filhos, o que é uma pena, porque nós, mães, somos muito mais maduras e conscientes do que muitas meninas ou mulheres da nossa idade sem filhos. É uma maturidade que só a maternidade trás! E repito, independente do estado civil!
É um direito da mulher ser feliz, é um direito de toda mãe ser feliz, ser amada e respeitada por um parceiro que a mereça e a faça bem! Como disse uma amiga "Se a mãe está bem, a família fica bem!"... Toda mãe deve ser respeitada, independente do estado civil, do número de filhos que tenha ou da condição em que vive com o parceiro!
Eu tenho vivido bem com o pai das minhas filhas (meu "ex-marido"). Acho até estranho quando questionam nossa relação, porque acredito que seja o melhor para mim e para as meninas (sim, nesse momento estou sendo bem egoísta... Acho que posso!). E, ele, tem sido um paizão e um "ex-maridão"! Muito mais presente e companheiro do que antes, mais sensível e participativo... Isso me faz ter certeza que não sou "mãe-solteira", mas uma mãe descobrindo que existe vida amorosa fora da maternidade. E de verdade! Nada de clichês! Descobrindo que um tempo para a relação é mais que necessário e que um terremoto não trás só destruição, mas nos faz acordar e ver que a vida é mais do que RÓTULOS!
E, aproveitando o puxão de orelha, volto a divulgar o manifesto pela maternidade, afinal, rotular a mulher vai contra tudo que eu penso! Assinem o manifesto e ajudem a transformar nossa sociedade. É o que deixaremos para nossos filhos, valores... Bons valores!
Beijos

2 comentários:

  1. Puxa Lú, lendo o seu blog acredita que concordo com muita coisa que vc escreve? Vou te seguir tá? E sobre o mãe solteira ou não acho que vc está certa em pensar primeiro nas meninas...afinal, ser mãe muitas vezesé bem melhor do que ser esposa, sei que são amores diferentes, mas os filhos raramente nos magoam, já os maridos...rsss....beijos e boa sorte!

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  2. Oi LU!! é estranho porque a sociedade enxerga exatamente assim, te olham de um jeito diferente. Bom, não sou mãe solteira, mas já disse aqui em casa várias vezes que é mesmo que ser, porque raramente meu marido participa de programas com as crianças (dá pra perceber que tem pouquíssimas fotos com ele no blog - já que ponho muitas delas). Aconteceu quando fui ver o filme de Shrek no cinema (último post), só tinha família assim sabe, papai, mamãe e filhinho. E eu lá, sozinha com Pedro. Mas nem por isso eu deixo de sair com eles não. Ser mãe independe de estado civil!
    bjos

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